sexta-feira, 20 de novembro de 2009

artificial

o que a gente se insinua
o que a rua vê em mim
minha vida nua e crua
sem se ter, já teve fim

o que minha vista alcança
não tem distancia de mim
minha meia influencia
ligação do meio à mim

minha personalidade
na verdade não é minha
mas,
são meus os artifícios
que não deixa ser tão ruim

senário

imagine a vida sem ver
veja o azedo da cereja
imagine ver a vida

enxergue à luz da anti-matéria
é coisa séria
reveja a arte pintada da cruz
e a tua miséria

venha ver a velha semente
venha, venha minha gente
a simples ignorância
matéria absorvente

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

P.A.F.

"Ô de caaasa".
_ô! que que você está vendendo?
_ô minha senhora, quanto tempo hen?!! _uai, que tempo?
_a, você não está lembrando de mim?...tá meio esquecida!
Eu vim aqui oferecer uma ajuda pra senhora. _uai?
_É que a gente vai ficando velho e finge que não sabe ; então eu tenho aqui uma proposta pra senhora que não dá pra recusar.
_Óia que o meu zezinho ainda não morreu hen!!!
_hehe. Não dona Maria, é que no dia que isso acontecer... _ Óia lá que nem te conheço hen seu rapaz atrevido!!!
_...no dia que vier a (Deus que me livre e guarde) falecer alguma pessoa da sua família, a senhora vai ter mais tempo pra chorar em paz e receber o povão do cortejo.
_ Como assim rapaz? Viúva pobre não tem tempo pra chorar não! e nem vem me jogar praga que eu gosto muito de meu zezinho. _ Nada disso dona Maria. _ é Sônia! _ Então dona "Sónia"...
_viu que você não me conhece?!! Meu nome é maria mesmo, igual a mina avó, é que ela morreu enquanto a minha mãe estava de barriga, aí meu nome tinha que ser Maria, pra parecer com ela. Que Deus a tenha em bom lugar, ô veia sofrida . Deu trabalho pra arrumar, ela era gorda pra daná.
_ Então, é disso que eu quero falar, a senhora não precisa mais ter esse trabalho todo, eu chamo um pessoal que faz isso tudo pra senhora.
_Hun!!?
_É só a senhora me pagar R$ 25,00 por pessoa a cada mês que eu torço pela saúde da senhora e da sua familha. _Aaaaaaaa seu pilantra!!!

domingo, 27 de setembro de 2009

não é sim nem é não
não é sim por sim
por que senão poder ser não

exencialmente sim
pra não ser sim sem razão
sim ser sim, sem talvez não

mas digo sim pro não
depende simplesmente
da exata condição

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

q face me tem você?

Eu lhe digo meu nome
mas por que nome me tens?
tenho nome de registro
nome de filho e de louco
nome de pai, de maldito

O que o nome diz de mim
se ninguém me resumiu
só me tem por telefone
ou nem mesmo me ouviu?

se o nome fosse tudo
tudo seria tão pouco
poupava que o cidadão
quisesse saber de tudo

mil faces faço na vida
Que nome tem cada uma,
por quantas você verá,
até a hora da partida?

a gente

Tanta gente junto,
o que tanta gente pensa?
Na certa não pensa junto
no sentido e na conciencia

Gente que tão distante
no aglomerado de gente
gentileza de assunto
no tumulto social
da anti-sociedade
da vida cara-de-pau

"plantei um lindo arbusto
no meio do meu jardim
também fiz um alto muro
guardei ele só pra mim"

Tudo é de muitos donos
com poucos de autoridade
havendo uma exessão
o que é privacidade

Tanta gente junto,
o que tanta gente tem?
Na certa tem o mundo junto
exceto o privado de alguém.
Gente que é tão distante
a gente que é tumulto
andando em veloz corrente
formada por eu e o vulto

Tanta gente junto,
o que tanta gente é?
Olham sempre tão distante
de olhar nem tão inocentes
na certa pertencem a grupos
no qual se é mais contente

Gente que tem o seu mundo
formado por sua mente
regido pelo tumulto
O que tem toda essa gente.

domingo, 13 de setembro de 2009

carta

quantos são todos caminhos,
quantos podemos seguir?
responde-me qual é o certo.
(vida é rumo perdido)

quantas esquinas existem
na constante avenida do homem?
não são todas de lindo sorriso
mas não falham em ser despedidas

ganho lágrimas na porta de casa
com sorriso no portão
há quem chora por uma partida
quem sorri por ver tanta emoção

partida na vida é constante
mas volta não é para todas
já fico feliz em poder
passar como chuva em verão
e fica em meu coração
um sopro do vento da chuva
quem dera que a ultima curva
me leve onde está sua mão
Imagens da minha mente
me soam como palavras
que correm nas minhas veias
extravasam pelas lágrimas
escorrem por entre as linhas
remontando em correntes
de frases tão multiformes
que nem tanto inocentes

eu olho o olhar do mundo
e vejo um mundo cego
não nego onde oriundo
o que sustenta meu ego

carrego no meu olhar
a flor do meu pensamento
se ele demonstra dor
por que nele há sentimento

dores e alegrias
são dias com suas flores
despetalando amores
florescendo alegrias

botão é lindo começo
caule é sustentação
espinho é despertar
da flor que não se sustenta

mas como disse os antigos
vida não se lamenta
ninguém segura os amigos
não há coração que aguenta

ouvindo minhas palavras
no fundo da conciencia
que fazem dança de louco
gastando minha inocencia

observo elas mais um pouco
sem conciencia de formas
sem normas de pensamento
nem fundo de conciencia
me encontro entre as palavras

domingo, 6 de setembro de 2009

A gente vive um sonho,
e vive sonhando acordado.
Sonho é futuro, sonho é passado,
sonho é presente em nossa vida. (tá ligado)
Quem fizer a ligação verá,
o que se diz que não se quer nunca será.
A vida de um conto de fadas,
não é demais se for num sonho.
Já sonhei que acordei, e demorei pra saber,
se sonhava ou se dormia.
Quem nunca sonhou um dia?
Pois eu sonho dia-a-dia.
Quem poderia explicar,
se quem sonha só, enlouqueceu,
ou estamos loucos juntos a sonhar?
Responda, e venha me acordar.
O lobo repete o grito,
grito que ouviu-se distante,
gritou pra lua cheia,
que é a lua dos amantes.

Antes que eu visse meu rosto no espelho,
antes disso, muito antes.
O grito na noite de lua cheia,
me mostrou muito mais.
Antes que eu visse minha face vermelha,
antes que eu perdesse a paz,
no sossego da lua cheia,
com minhas lembranças de mais.
Antes de me encontrar nas lembranças,
não sabia se haviam rivais.

O sossego da lua que paira no alto,
é o oposto do asfalta que não vive em paz.
O asfalto em que vive o lobo que grita,
gritando de amores perdidos à lua.

Antes que eu me despedisse da lua,
me perdi entre as tuas lembranças.
Vejo que agora me encontro no asfalto,
perdido, sem lua e sem paz.

a corrida

Vivendo em câmera lenta,
na grande correria.
A impressão é que a vida se resume em euforia.

Eu tenho meus problemas,
meus emblemas, mil manias.
Mas a verdade é o dia-a-dia,
cada um com suas crias.

A gente vive no improviso,
sempre tomamos cuidado.
Mas o boato é o aviso que tudo foi pré-meditado.

Corre-corre cabra-cega,
pega quem não tem cuidado.
Quem vive nessa fome cega,
enxerga de olhos vendados.

Mas pra que tanta correria,
por que estão turbinando os carros,
se o trem passea sobre as linhas
e sempre chega adiantado?

Também pra que tantas perguntas,
tantas formas de fracção,
se a gente nunca se divide e não consegue explicação?

Corre-corre, pega-pega,
leve o que poder pegar.
É pra correr menos perigo
quando a corrida terminar.

Quem admira o lar do alheio
está correndo mais cuidado,
pinta fachada, põe bandeiras
diz que é o espelho do outro lado.

Há quem não aguenta correria,
e quem não tem boa visão.
Por não saber a dose certa, mais um dia na prisão.

A cada dia o dia leva
mais um dia na história.
No corre-corre do relógio,
a tempo fica na memória.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

a rota

em todo caminho, algo há que ensina
se você se ilumina pra enxergar
nos caminhos tortos
nas torturas, nos votos
um curso há, "estudar"

em todo o caminho
no carinho da manha
no carimbo de praxe
pra chegar ao fim

no fim do fundamento
da exencia, do fundo
no segund'ecisão
no fim das contas
dos cálculos da pretensão
a certeza é a prática, do ensinamento

nos caminhos ligeiros
da corrida da vida
sempre aprendemos
tanto que seja menos
pois ao menos caminhos
pra poder chegar.

¨amigo¨

das vezes que chorei
quando você me ofendeu
chorei, por que aqui no fundo
o que você falou doeu
doeu como no todo mundo
dói declarações que são do desamor
pesso,
me amordace, venda
pra que eu não veja o que você fez
e também não fale o que me falou
eu chorei também por tantas vezes
que ouvi falar do que muito se faz
a dor é muito maior que nove chibatas do senturião
por que quando me maltrata
sinto a dor mais forte, que é no coração
também eu sinto por você
pois se a alguém maltrata
nunca se esqueça
pode esperar sua vês

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

.ciume.

Sinto ciumes desse reflexo, que te rouba de mim
ele está em você, seu olhar, seu sorriso
sua sombra é dele, seu olhar é nele.
uma união sem fim
O que será de mim?

Mas que se apague a luz
e de todo o seu será da escuridão
nem meu olhar mais te alcança
e me enciuma a escuridão

ai, ciúme maldito
me deixa de geito aflito
me corta o coração
no claro ou na escuridão

"A guerra faz os ladrões, a paz os enforca"

...por que aqueles que não sabem viver de outras praticas, não encontrando quem os sustente e nem possuindo tanta virtú a ponto de se conduzir em grupo para fazer uma maldade nobre, são forçados pela nescecidade a sair do reto caminho e a justiça é forçada a elimina-los.
Maquiavél. A arte da guerra.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

símbolo

sou o símbolo de amizade a um amigo
como a espada foi um símbolo de poder
nem todo símbolo engana o sentimento
como um abrigo que não trás consolação

sou o sim para o que é de sim pra mim
tão como não
pra quando não me admito o sim querer

também o sim é símbolo que contradiz
quando não néga o outro símbolo que é não
também a vida dia-a-dia tem seu símbolo
como também desde o principio Eva e Adão

o símbolo simboliza assim a vida
como se a vida não tivesse sendo em vão

a disturvança

o coqueiro coqueia
o seu pé, o chão de areia
com seu meio cheio de teias
e formigas de casa cheia
e morcegos em suas folhas
quando a copa é cheia
os cupins que sobem em trincheiras
um ganbá que de lá se apeia
para um alambíque que após se cambaleia
pois coqeiro nem só se coqueia.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

...

na monarquia de Deus, pago uma divida antiga
valores atualizados, calculada e corrigida
na monarquia do além, dizem que vende fiado
eu vi dizendo também que os juros são quadruplicados
é gente cobrando moral, gente pagando pecado
vendendo pedaço do céu, mas céu não se vende fiado
eu juro e te peço meu Deus, resando sempre ajoelhado
pois tanto é o sofrimento meu, só pode ser muito pecado
hoje estou arrependido por dar ouvido a uma prosa
de gente interessante, gente de fala enganosa
como aquele alguém admirando uma rosa
e esquece o espinho que tem, a surpresa há de ser dolorosa

agora com outra ideia, muito tenho refletido
Deus não é feito de carne, dinheiro não lhe tem valido
desde que o mundo não pare, todos temos aprendido
dentro de uma alcateia, ou sendo lobo perdido
analisando o passado, vejo que tenho aprendido
de tanto que tenho estudado, meu tempo não é perdido
lembro de quanto errei, não pense que tinha esquecido
compreendi por que errei, faltava-me a consciência
quem erra por inocência não erra depois de aprendido

O sofrimento que tenho é estudo ainda não compreendido.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

refazenda

é legal viver de toda a gozação
de canção, de mar, e todo o carnaval
é gostoso contemplar de toda a graça
prosear com grande amigos em uma praça
assa a carne, o tira-gosto da cachaça
é demais acreditar que é feliz
mas eu quis acreditar que existe fim
pois no final veremos que não é de grassa
veremos, que, mesmo sem ver o tempo passa
que o salário do trabalho é garantido
mas que a divida é grande compromisso
e aquele que não toma seu partido
sem compromisso vive de uma bela farça
verá no fim do carnaval, naquela praça
a solidão do que sobrou e não tem grassa
como o palhaço já cansado da canção
com a ressaca do mar e da cachaça
pode já não se encontrar mais tão feliz.

domingo, 21 de junho de 2009

Inventando o medo

Inventaram deus e o mundo
Como inventam aviões
Que evoluem cada segundo
Inventaram escravidão
A partir do submundo
Diabo se fez vilão
Pai de um terror profundo
E de toda religião
Planejamos sempre a fuga
Em toda situação
Sonhando com liberdade
Sempre preso em solidão
Pois q deus nos abençoe
E me de o seu perdão
Inventando deus, o mundo
Em seguida, servidão
Tem quem serve o próprio orgulho
Conseguindo a força o pão
Por incrível que pareça
Há quem pensa no irmão
Mas será que e nele mesmo,
Ou no próprio galardão?
Quem e deus, quem fez o inicio?
Quem fez deus, por que razão?
Deus e amor i e bondade,
E ele deixa faltar pão.
Nem só pão sustenta o homem
Mas quem tem desilusão
Muda o deus de manda chuva
A um falsário, charlatão
Se inventaram medo
Ter coragem e segredo
Esta acima da razão
Sem problema, pra que medo?
Pois mais tarde dou mais cedo
Logo deus esta em ação.
por ter medo de chibata, escravo respeita o dono
pelo medo do abandono, idoso respeita os netos
pelo medo torturoso foge o galo do raposo
como gato foge esperto de um cachorro raivoso
mas do que me diz respeito
só vejo conveniência
respeitando nossos medos, na lei da sobrevivência
como o medo é nosso amigo
nos induz a respeitar
pra correr menos perigo em todo que é lugar