sábado, 14 de agosto de 2010

animais e animosidade
animam o desanimado
o animo se torna forte
e o desanimo sagrado

deixa de lado
deitado levanta
abaixa e tonteia
rodopeia pra todo lado

o animal animado
o sem animo, morgado
com a sorte, com sabedoria
corrupia se é forte
cambalhotas de seis por um
e artimanhas de matanças
que deixa o povo maravilhado
deus me livre ter que ver a peça desse ensaio

aqueles riscos de poluição
correndo riscos de morrer em vão
e o povo aplaude o seu grande inimigo
o espetáculo do avião

mandaram rosas à um amigo
e há tanto, e à tantos
é preferível ver televisão
observei o céu estrelado
ao lado dela,
me aqueci do frio
Um tiro no peito
foi o que me fez querer,
o dia em que o frio veio sem ela.

foram promessas
também me arrancava confissões
e eu já fui embora
não demora muito e eu já não voltei

mais me racha o coração
pensar no que poderia ser
e não foi
não vai ser a mesma coisa

onde já se viu
a lua com seus contemplantes,
amantes da lua,
se vê saudade
a gente que vê
as vizinhas passando
_Olhe de novo,
veja uma vez
quem vê você passando.
Falando escondido
pensando besteira
na beira de ser percebido.
há gente que houve
que está e não ouve.

Ver já não é mais permitido.

Ouça, limpe bem os ouvidos
esquive o pescoço
logo não será permitido
imaginei chorar uma semana
só por imaginar
o que não desejava

enquanto imaginava
nenhuma lágrima rolava
eu desacreditei

chorei nada
imaginei, chorasse
mudasse muito pouca imagem

mas a imaginação voa
não perdoa o imaginante
pousado à chorar