Inventei um amor
que me dava carinho
não me maltratava
nem deixava sozinho
não me apaixonei
mas briguei com destino
quem não teve amor
e não vive sorrindo
me amava demais
que nem acreditava
eu brigava com ela
e já não tinha paz
me tornei um brinquedo
para aquela mulher
fiz-me refém do medo
eu nem acreditava
eu estava sozinho
dava pena de mim
já não era segredo
todos viam meu fim
quando ela se zangou
por ver tanto ciúme
o amor acabou
e não me conformei
era tão possessivo
não via meu erro
só lhe dava motivo
para me deixar
o que tanto temia
logo aconteceu
ela me abandonou
e eu já não era eu
debrucei no balcão
que quase me matei
já não era ninguém
pois não me perdoei
eu nunca mais amei
não ouvia ninguém
também não apaguei
ela do pensamento
fiz a triste canção
que não dá pra esquecer
feriu meu coração
que não quer mais bater
quem já não tinha nada
alem do violão
só cantava pra ela
mais não tive perdão
até que nesta manhã
tão fria e triste
o sol apareceu
e o corpo não resiste
eu no banco sentado
de frente à sua casa
terminei o recado
Quem te amava morreu!
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
descrença
com destino o infinito
paro por aqui mesmo
posso me adiantar
ou tentar voltar atrás
vou desbravando ao incerto
quebrando todas barreiras
pelos atalhos e curvas
construindo meus caminhos
montando arranha-céus
visando vales profundos
querendo aprender voar
crescendo passo das pernas
vendendo até minha imagem
quase sem imaginação
perdendo a noção do tempo
me vendo na solidão
eu, que não sabia tudo
tropeço em meus pensamentos
já degustando veneno
não sei se tenho razão
pensei que fosse difícil
mas não tive o cansaço
fracasso dos tornozelos,
é não querer mais andar
diga que tudo é mentira
e não me tenha na mira
desviar, de uma forma
é a rota de colisão
do que vale crer na história?
não me falhando a memória
comparo crença e descrença
pouco se pensa o que faz
paro por aqui mesmo
posso me adiantar
ou tentar voltar atrás
vou desbravando ao incerto
quebrando todas barreiras
pelos atalhos e curvas
construindo meus caminhos
montando arranha-céus
visando vales profundos
querendo aprender voar
crescendo passo das pernas
vendendo até minha imagem
quase sem imaginação
perdendo a noção do tempo
me vendo na solidão
eu, que não sabia tudo
tropeço em meus pensamentos
já degustando veneno
não sei se tenho razão
pensei que fosse difícil
mas não tive o cansaço
fracasso dos tornozelos,
é não querer mais andar
diga que tudo é mentira
e não me tenha na mira
desviar, de uma forma
é a rota de colisão
do que vale crer na história?
não me falhando a memória
comparo crença e descrença
pouco se pensa o que faz
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
condão
por mais que o joelho rele ao chão
o vento apaga vela
vem chuva forte e leve
há vento e furacão
tudo continua na mais pura calma
a sujeira da alma
as linhas da palma da mão
e o caus não é só ilusão
por mais que alguém não grite
as vozes não revelam
tudo é escondido,
qual pedido em oração
será que a gente quer assim
e quando quer mais não?
quanto me vale a vida,
na força do condão?
o vento apaga vela
vem chuva forte e leve
há vento e furacão
tudo continua na mais pura calma
a sujeira da alma
as linhas da palma da mão
e o caus não é só ilusão
por mais que alguém não grite
as vozes não revelam
tudo é escondido,
qual pedido em oração
será que a gente quer assim
e quando quer mais não?
quanto me vale a vida,
na força do condão?
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
violão SOBERBO
comprei um violão escultural
cravelhas, cavalete e capotraste de marfim
isso tem finalidade musical
os trastes e as cordas
que nunca soaram modas
tão reluzentes, feitos do mais fino ouro
de fundo, braço e tampo
por encanto é inteiriço
estampados em madeira de lei
tem uma bela boca
nem muda e nem rouca
mas tão soberba pra cantar no coro
cravelhas, cavalete e capotraste de marfim
isso tem finalidade musical
os trastes e as cordas
que nunca soaram modas
tão reluzentes, feitos do mais fino ouro
de fundo, braço e tampo
por encanto é inteiriço
estampados em madeira de lei
tem uma bela boca
nem muda e nem rouca
mas tão soberba pra cantar no coro
INVESTIMENTO
o meu investimento financeiro
valeu dinheiro
o mundo inteiro viu
valeu no tempo
o tempo todo que durou,
não valeu nada mais
antes d'aqui, aquilo tudo era daqui a pouco
e fiquei louco de excitação
eu não sabia quase nada
nem da granada, o que diz da explosão
mas eu queria um pouco mais
andar de costas sem olhar pra trás
sem pensar nos tempos
eu quero juros
tirar retratos e colar nos muros
pra que não passe mais
valeu dinheiro
o mundo inteiro viu
valeu no tempo
o tempo todo que durou,
não valeu nada mais
antes d'aqui, aquilo tudo era daqui a pouco
e fiquei louco de excitação
eu não sabia quase nada
nem da granada, o que diz da explosão
mas eu queria um pouco mais
andar de costas sem olhar pra trás
sem pensar nos tempos
eu quero juros
tirar retratos e colar nos muros
pra que não passe mais
domingo, 10 de outubro de 2010
frente
engraçado olhar pra trás
e ver que não é longe
tocando os calcanhares
o atrás vai à diante
quando menos atrás
mais a frente vai distante
se vê mapa e cartaz
prostrado, descontente...
ver a frente demais
é negar a corrente
não haver troca de olhares
e negar que o longe tem frente
e ver que não é longe
tocando os calcanhares
o atrás vai à diante
quando menos atrás
mais a frente vai distante
se vê mapa e cartaz
prostrado, descontente...
ver a frente demais
é negar a corrente
não haver troca de olhares
e negar que o longe tem frente
verdade
verdade arde
e na verdade é fria
mesmo que seja tarde
não há dia da verdade
é um fogo que arde sem dia
dia certo ou errado
verdade é como chuva
chega sem mais nem menos
provoca um enxurrada
vem alagando tudo
o que boia é rebeldia
e na verdade é fria
mesmo que seja tarde
não há dia da verdade
é um fogo que arde sem dia
dia certo ou errado
verdade é como chuva
chega sem mais nem menos
provoca um enxurrada
vem alagando tudo
o que boia é rebeldia
_Recado.
Vi no papel do maço
um pedaço de sentimento
que jorrando pela caneta
por entre meus dedos lentos
_Minha amiga mesa,
encosto de cotovelos,
a ti conto meus segredos
já ouvistes meus lamentos...
Meus ressequidos olhos,
relendo este recado
não sabem de conquista,
fabricando venenos
Mas quem traduz recado
faz-lo de outra maneira
retém alguns bons regalos
e aumenta alguns que lamento
Se foto, sugueito feio.
Se falo, feio a menos.
Escrito tem mais detalhes,
bonito se escolhemos.
um pedaço de sentimento
que jorrando pela caneta
por entre meus dedos lentos
_Minha amiga mesa,
encosto de cotovelos,
a ti conto meus segredos
já ouvistes meus lamentos...
Meus ressequidos olhos,
relendo este recado
não sabem de conquista,
fabricando venenos
Mas quem traduz recado
faz-lo de outra maneira
retém alguns bons regalos
e aumenta alguns que lamento
Se foto, sugueito feio.
Se falo, feio a menos.
Escrito tem mais detalhes,
bonito se escolhemos.
Assinar:
Postagens (Atom)