sábado, 20 de novembro de 2010

(Fé)

Aaaaaatirei o sal no sapo-po
mais o sapo-po, não correu-rreu
dá uma dica-ca, o que houve-v?
não tem um, não tem um que não tremeu


o sapo não tinha perna
o sapo não tinha braço
e a boca estava fechada
foi costurada com linha de saco


discunjuro, pelo amor de deus!
o que é isso?
isso é crendice
não foi eu


Bartolomeu na oficina
teve uma piriri
deixou o torno ligado
olho arregalado
caiu da escada e faleceu


Maria Chiquinha banguela
queimou a panela
virou a tigela
caiu e morreu


olha senhor macumbeiro
te dou dinheiro
espelho, isqueiro,cachimbo,
dou vela, vermelha, amarela,
de toda cor
veja só no que deu


se precisar de cabrito
tem um que é bonito
eu abro mão
só não pode contar
pois eu vivo na igreja
não bebo cerveja e nem posso fumar


ai minha mãezinha querida
perdoa essa filha
aqui nessa terra
vida é de amargar


perdoe meu grande senhor
meu único amor
não sou feiticeiro
estou dando dinheiro
e não mudo minha Fé.

Um comentário:

Daiane Cristina ♥ disse...

hehehe,

/rindo muiito.!

Muito criativa a poesiia.!!

:D