quinta-feira, 1 de julho de 2010

...( )...

oi, amor que eu não tive
digo oi, vamos viver
depois do oi, que a gente vive

o que já foi, não pode viver
se já não vive
continuo à querer

já não procuro o tão sonhado instante
como um fio de barbante,
procurando o fio da meada

e pela madrugada que não durmo direito
sem jeito de acordar,
por que não é um sonho

vivendo no querer profundo
anoiteço e amanheço sozinho
querendo te encontrar

viajante

admiro o sorriso
não sei de quem, o perfume
não sei, mas tem
que um dia provarei

parte com olhos distantes
um, sozinho
o viajante
querendo encontrar

não se acostumando
aos detalhes
aos destacantes
à percepção

novidade

olha a novidade
olha e não desgruda os olhos
novidade! de olhos atentos

olham, vejam só
só não descanse os olhos
quando a novidade chegar

o observante, olhos distantes
amante da observação
de olhares perdidos ao redor

mova, que a novidade vem
vem correndo, e passa, ligeira
e não espera ninguém