domingo, 13 de setembro de 2009

carta

quantos são todos caminhos,
quantos podemos seguir?
responde-me qual é o certo.
(vida é rumo perdido)

quantas esquinas existem
na constante avenida do homem?
não são todas de lindo sorriso
mas não falham em ser despedidas

ganho lágrimas na porta de casa
com sorriso no portão
há quem chora por uma partida
quem sorri por ver tanta emoção

partida na vida é constante
mas volta não é para todas
já fico feliz em poder
passar como chuva em verão
e fica em meu coração
um sopro do vento da chuva
quem dera que a ultima curva
me leve onde está sua mão
Imagens da minha mente
me soam como palavras
que correm nas minhas veias
extravasam pelas lágrimas
escorrem por entre as linhas
remontando em correntes
de frases tão multiformes
que nem tanto inocentes

eu olho o olhar do mundo
e vejo um mundo cego
não nego onde oriundo
o que sustenta meu ego

carrego no meu olhar
a flor do meu pensamento
se ele demonstra dor
por que nele há sentimento

dores e alegrias
são dias com suas flores
despetalando amores
florescendo alegrias

botão é lindo começo
caule é sustentação
espinho é despertar
da flor que não se sustenta

mas como disse os antigos
vida não se lamenta
ninguém segura os amigos
não há coração que aguenta

ouvindo minhas palavras
no fundo da conciencia
que fazem dança de louco
gastando minha inocencia

observo elas mais um pouco
sem conciencia de formas
sem normas de pensamento
nem fundo de conciencia
me encontro entre as palavras