quarta-feira, 28 de julho de 2010

noturna

hoje vi uma flor,
que é bem mais bonita,
"que há nalgum jardim"
que as que vejo por aí.

depois que o sol se pôs.
ao vento, e ao luar.
céu de estrelas, flor da noite.
Tudo é mais bonito!

no inverno sem frio,
arrepiados pelos, olhares,
nada mais. Por quê não?
Nem palavras

de fininho

passei na escola
passei de fininho
quase que ninguém me viu
vejo que não mudou nada

se ela passou por mim
é por que eu insisto
desistir não é pra mim
mostro que esixto

é pena que perdemos muito tempo
são coisas banais,
jogos de damas,
cartas demais.

Aprendi que a inflação inflama
e afecta a circulação.
Que o homem não se ama,
maltrata seu coração.

Aprendi calcular um pouquinho,
pra comprar pipoca na fila do cinema.
Me encinaram ler as propagadas,
o que era importante já não se lê mais.

sábado, 24 de julho de 2010

de doer

ó, que isso está bom,
isto d'aqui está de doer,
os olhos de marimbondo
cheiro de narguilé

ó, que isso me faz lembrar
como é bom, poder enxergar
ter os olhos mais claros

hey! Tire as vendas do pescoço
Esse moço está acostumado.
Refrescar os olhos.

ó, mas o que vale lembrar?
o que vale, perceber
Hoje o sol está de arder.
who are they
around to me?
by my brother, some solution
what easy, about to move

nice mind to be good
the life is all right
ended midnight?

read a handbook sacret
one large position around
and there poor living sleepy

terça-feira, 20 de julho de 2010

covarde

qualquer maneira seria covarde
na força, ou na arapuca
tanto se faz besteira

mesmo que estivesse errado
entrado na mira
por distração,
ou por brincadeira

o sujeito que agride,
se fere com seu orgulho,
mordido pelo ego

tem coisas

Tem água no poço,
copo vazio,
dor no pescoço,
corrente no rio.

Tem mato sem bichos,
lixos nas ruas,
luas sem graça,
tem praça sem ruas.

"Gente", tem tantas coisas!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

bonito

eu, que sempre fui meio esquisito
é que ainda não quis ser mais bonito
quinem nas cocheiras
lambo sal, pra saber que gosto o doce tinha

não me arrependo de não ter crescido
ainda que nem sei direito
meus defeitos, mais, vou procurar saber
não sei se o que perturba, minha paciência

"demência de devoto pelo meu semblante
ou a ironia que é tão linda e grandiosa
é que, talvez não sejão rosas/margaridas
as belezas conquistão nossos olhares"

está na mesa, numa pracinha
no tempo e na linha
ela não pode se atrasar

dito e posto

Depô de depois de deposto
ponhando palavras sem rosto
com gosto de ancia na boca
na louca palavra de posto

depois de porem, ter-me posto
entre poucos pedaços "distancia"
ganancia de ter meu refrão
mas nunca terei mão sem gosto

domingo, 18 de julho de 2010

cafuné

é de um carinho qualquer,
de colher um conforto,
um galho torto
pouco demais

Mas o sufoco existe!!!
Na lamina de all screens,
lamparinas trafégam seus homens,
mas as lentes embação, tantas visões

mas um cafuné
vaga ocupada na cama
ama todo mundo
Não se ama mais!!

aqui nesse lugar comum,
onde tudo é colorido
não existe anestezia
pouco se olha pra tras

ciências métricas

as razões não se parecem
que razão que nada,
na lameira que interessa
que gruda,
e não quer sair?!!!

as artimanhas de meus pais
pra me criar tão bem
me dizem muito mais


não sossego contando as perguntas,
conferindo os formulários
enquanto nos aquários
peixes nadam poucos cúbicos

adiantando as evidências
adiando equivalências
ciências métricas demais

terça-feira, 6 de julho de 2010

manobras

quantas manobras temos que,
"como pilotos de fuga
fungando motores
invadindo o por-fora das curvas"
executar.

Quantos manuais
cálculos de precisão
primeiros socorros
Quanto à pouca instrução?

Tanto faz o azul
se é vermelho o botão
DETONAR, qual seria a missão

O plano B, no papel de pão,
na porta da geladeira
como bandeiras
em contas à pagar

apague a luz

h a h a h a

gosto de ver as pessoas sorrirem
independe de ocasião
não que não haja sofrimento
longe disso (sem perdão?)
riso é grande beneficio

é bem perto de certo
que um sorriso aberto
melhor presensado...

gosto de ver o sorriso no rosto
daqueles que faz um barulho no peito
que o sugeito que ama o irmão sabe dar

areia

a inocência da areia
que de grão enche um deserto
é um sonho de mais

mas, pra que tanta insistência
aniquilar os corações é o suprassumo
um martírio aos caminhões

multidões de um tanto distantes
com semblantes aparentes
areia de construção

bilosca, graveto de pau
conchas e raízes
dizem de onde vão

quinta-feira, 1 de julho de 2010

...( )...

oi, amor que eu não tive
digo oi, vamos viver
depois do oi, que a gente vive

o que já foi, não pode viver
se já não vive
continuo à querer

já não procuro o tão sonhado instante
como um fio de barbante,
procurando o fio da meada

e pela madrugada que não durmo direito
sem jeito de acordar,
por que não é um sonho

vivendo no querer profundo
anoiteço e amanheço sozinho
querendo te encontrar

viajante

admiro o sorriso
não sei de quem, o perfume
não sei, mas tem
que um dia provarei

parte com olhos distantes
um, sozinho
o viajante
querendo encontrar

não se acostumando
aos detalhes
aos destacantes
à percepção

novidade

olha a novidade
olha e não desgruda os olhos
novidade! de olhos atentos

olham, vejam só
só não descanse os olhos
quando a novidade chegar

o observante, olhos distantes
amante da observação
de olhares perdidos ao redor

mova, que a novidade vem
vem correndo, e passa, ligeira
e não espera ninguém